A MULHER NA FOTOGRAFIA PARTE II
Estilos de fotografia e a mulher.
Nesta nova narrativa vamos ver alguns estilos de fotografia onde grandes mulheres fotógrafas escreveram sua história e contaram tantas outras.
Temos algumas que se dedicaram ao fotojornalismo, outras a moda e publicidade, ao fotodocumentarismo, fotos do cotidiano das ruas e também foto arte.
Neste seguimentos acima colocados temos algumas representantes que contaram e escreveram grandes narrativas visuais.
A nossa primeira grande fotógrafa que desejo apresentar segundo minha visão pessoal é...
Vivian Maier...
...é uma dessas pessoas que se estivesse viva, passaria por nós de modo imperceptível, mas com um olhar atento ao seu redor, capturando pequenos detalhes do cotidiano e assim de certa forma contando a história do seu universo imediato.
Ela foi uma fotógrafa nata, sua fotografia era repleta de seu olhar pessoal sobre a realidade a sua volta e seu objeto principal era GENTE. Pelo que li e vi sobre sua vida ela era uma acumuladora, isso mesmo, daquelas que tudo guarda, mesmo sem precisar e não se desfaz. E uma coisa que reparei que ela cumulava pessoas, mas de modo diferente através de suas lentes.
Sua fotografia do cotidiano das ruas eram simples e muito objetivas, com uma composição muito adequada e sobre tudo com uma fácil leitura. Sua escrita luminosa era clara, mas ao mesmo tempo permeada de certa necessidade de se contemplar, isso mesmo de olhar e entrar, imaginativamente na cena por ela captada.
Em algumas de suas fotos tenho a nítida impressão que estou dentro da cena retratada, como vejo nas obras de Sebastião Salgado, Araquém Alcântara e Severino Silva e Silva. Acho que isso na fotografia é muito cativante; quando o fotógrafo (escritor luminoso) nos conduz para dentro de sua imagem. Certa numa entrevista, que assistia num documentário, a condutora da sonora comentou com o fotógrafo que em sua fotografia não havia a presença do elemento humano e a resposta do mesmo foi a seguinte: - Minha fotografia sempre tem a presença humana, sem ela não valeria fotografar... veja esta foto por exemplo. (Era uma fotografia de uma paisagem, muito bela mas sem uma pessoa no quadro). Então a condutora falou: - Realmente como comentei não a a figura humana. E o fotógrafo rebate dizendo: - Sim há, pois como falei se não houvesse não valeria fotografar e a presença humana nesta foto em particular são de duas pessoas... eu e você que estamos a fazer parte com nosso tempo e contemplar tal imagem.
Após este momento de reflexão fora da Viviam Maier e retomando a breve história desta fotografa acumuladora de gente... Ela viveu sozinha, ou seja, não abemos de relação familiar ou sentimental. Na verdade Viviam era mais uma entre tantos na multidão, mas observava esta mesma multidão quase de modo voyeur, o que é uma característica, (na minha visão) do fotógrafo de rua como ela o foi em sua vida. Ela trabalhou muito tempo, ou a maior parte de sua vida como babá, e morava normalmente nas casas das crianças as quais tomava conta. Com isso guardava algum dinheiro para exercer seu hobby favorito, ou seja, fotografar o cotidiano das ruas de Chicago e Los Angeles. Ele era muito ligada a arte e pouco materialista. Seu trabalho fora sempre focado nas pessoas, nos ambientes em que vivia e nas estruturas arquitetônicas das cidades por onde passou, mas ressalvo que na sua Photo street seu objetivo maior era ter pessoas.
Um breve resumo biográfico.
Vivian Maier nasceu na França em 1º de fevereiro de 1926 e faleceu em 21 de abril de 2009 aos 83 anos em Chicago.
Ela se dedicou a cuidar de crianças e com isso tinha tempo e espaço para fazer suas constantes viagens fotográficas, durante a saída com as crianças por exemplo. Por falar nisso tem uma história que uma destas crianças teve um pequeno acidente e no lugar de socorrer, ela fotografou toda a ação do cuidado a esta criança.
No total de fotos encontradas e catalogas foram mais de 150 mil fotos que ela fez entre 1950 e 1960 registrando o cotidianos das ruas. Mas suas fotos não ficaram restritas as ruas de Chicago ou Los Angeles, porque juntando algum dinheiro se aventurou a viajar e foi a Manila, Pequim, Bangkok, Egito, Itália e Brasil, visitando São Paulo. Mas com toda esta história e qualidade reconhecida de seu trabalho, hoje tendo um valor artístico e comercial grande na velhice ela dependeu de auxilio governamental e por fim de amigos que lhe compraram um apartamento e pagavam as contas do mesmo e o mais interessante que alguns destes amigos são crianças que um dia ela cuidou e consequentemente fotografou.
Vivian era uma documentarista nata também, pois ela não só fotografava o cotidiano das ruas, como fazia pequenas entrevista com seus retratados.
Mas esta mulher e fotógrafa maravilhosa só foi descoberta dois anos antes de sua morte, por John Maloof, durante um leilão e só foi reconhecido, publicamente, seu valor artístico e histórico após sua morte o que levou John a um documentário sobre a vida de Vivian Maier.
Quer conhecer um pouco mais de Vivian Maier e sua obra.
Segue abaixo om link do site oficial: www.vivianmaier.com
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