Automação da Fotografia e dos fotógrafos
Foto: Paulo Santana
Certa vez ouvi, em um video do yotube no "Caçadores da Alma" excelente série sobre fotógrafos e fotografia ((696) EPISÓDIO 11 - Fotografia e emoção | Caçadores da Alma - YouTube), que o cinema é a soma de todas as artes... Os fotógrafos afirmam e provam que a fotografia contém cinema, poesia, pintura artes plásticas, literatura (pois é uma escrita com narrativa própria) a fotografia vem a ser a síntese de todas as artes.
Não sei se chamaria de síntese de todas as artes, mas que detem todas as artes é uma realidade.
A fotografia é arte, é técnica que transita entre todas as artes de modo silencioso, capturando e transmutando cada arte para sua liguagem própria.
A fotografia pode ser dramática e pesada quando retrata tragédias humanas, como pode ser leve e poética quando reterata no meio do caos e desordem o belo e sutil sentimento que é o amor passado por um beijo ou alguém levanto outra pessos caida em meio aos escombros pós terremoto.
A fotografia, ela na verdade transcende e guarda em si o sutil momento desapercebido pelo grade público, mas que precisa ser revelado e escrita luminosa, vem trazer a luz pequenos gestos contidos, olhares esquecidos no tempo.
A fotografia, ela na verdade transcende e guarda em si o sutil momento desapercebido pelo grade público, mas que precisa ser revelado e escrita luminosa, vem trazer a luz pequenos gestos contidos, olhares esquecidos no tempo.
A fotografia ela não é dança, mas contem em si a dança quando eterniza um salto no balé, quando em baixa velocidade gera um rastro e deixa o real sentido do movimento em um simples frame.
A fotografia de alguma maneira é uma dama quase vulgar, ou a quem diga que é simplesmente uma dama libertária e consegue transitar e cohabitar entre todas as artes, ser ccúmplice da musica, amante da poesia aliada da justiça e sobre tudo serva da luz.
Mas o progresso vem avançando sobre tudo e de tal maneira que a cada dia a fotografia vai se transformando no seu modo de ser produzida, cada vez mais automatizada e isso me chama muito a atenção. será que estamos hoje formando fotógrafos ou editógrafos; ou pior ainda simples operadores que só enquadram um assunto e apertam botão e pronto. Será que estamos deixando o equipamento decidir muito em nosso lugar? Estamos cedendo nosso espaço pensante para vivermos o espaço do imediatismo aonde o importante está na produção quantitativa e impactante, no lugar do pensar o click, como uma obra completa e absoluta.
Mas o progresso vem avançando sobre tudo e de tal maneira que a cada dia a fotografia vai se transformando no seu modo de ser produzida, cada vez mais automatizada e isso me chama muito a atenção. será que estamos hoje formando fotógrafos ou editógrafos; ou pior ainda simples operadores que só enquadram um assunto e apertam botão e pronto. Será que estamos deixando o equipamento decidir muito em nosso lugar? Estamos cedendo nosso espaço pensante para vivermos o espaço do imediatismo aonde o importante está na produção quantitativa e impactante, no lugar do pensar o click, como uma obra completa e absoluta.
Neste último mês passsei por duas experiencias bem ineressante com relação a esta visão do progresso estar, cada dia mais presente na fotografia e de modo ostensivo.
Um rapaz de modo muito humilde pediu "socorro", pois sua lente não estava focando no automático; só estava conseguindo focar no manual e ele estava perdido e inseguro em fazê-lo no manual, como vim de uma escola, aonde fomos treinados a fazer foco somente no manual percebi que a automação, muitas vezes vem nos limitar e nos tornar dependentes. Mesmo que a mesma se usada de modo equilibrado pode, realmente, ser de grande utilidade e praticidade. Muitas vezes ouvi dizer, que o bom fotógrafo é aquele que só fotógrafa manualmente. Com o passar do tempo vi que isso era uma total inverdade, na minha visão o bom fotógrafo, tecnicamente falando, é aquele que sabe utilizar todas as possibilidades de seu equipamento.
Que realmente conhece seu equipamento e dele saiba tirar o melhor do mesmo para cada situação.
O bom escritor deve saber usar as palavras adequadas para transmitir suas ideias de modo claro, para que consiga comunicar de modo claro a sua mensagem. Agora será que ele não deve usar um editor de texto que faça uma prévia correção ortográfica porque ele é um escritor já renomado?
A mesma coisa se aplica ao fotógrafo ele deve usar os recursos ué irão lhe ajudar na sua escrita, mas sem deixar que o equipamento execute por si funções que a decisão sendo nossa há de impor uma linguagem pessoal, dar uma assinatura visual única, mas se deixamos que o equipamento decida todo o processo da escrita, a foto não é nossa, isso porquê... se dermos máquina fotográfica na mão de outra pessoa, mantendo as mesmas condições do click anterior teremos fotos tecnicamente idênticas. Por este motivo não precisamos e tão pouco devemos deixar no completo automático, mas também não podemos ficar com a ideia de usarmos somente o manual e sim devemos aprender o uso dos sistema semi automáticas da câmera como por exemplo na Canon os modos AV, TV ou P.
Para fechar, precisamos estar todo o tempo buscando treinar nosso olhar, nossa forma de operar o equipamento, entender sua lógica de funcionamento e por fim abrir mão um pouco da automação plena e ir além do trivial e básico.
Para tanto precisanos, antes de tudo, ter referências e estas devem estar no passado e no presente. É buscar entender como os grandes nomes da fotografia no passado conseguiam e a qualidade em suas imagens e tendo que esperar para então saber o resultado da captura. A leitura da luz era precisa, o foco e definição (nitidez) era conseguida no exato momento da captação da imagem e em máquinas analógicas, completamente manual tendo apenas o fotômetro como guia e as base teóricas aplicadas na prática para a aquisição de fotografias deslumbrantes como as dos Parques Nacionais feitas por Ansel Adams, as de guerra feitas por Robert Capa ou Agusto Malta o primeiro fotógrafo oficial da prefeitura do Rio de Janeiro e primeiro contratado para documentar a transformação urbanística da cidade.
Referencias também contemporâneas são importantes para entendermos as tendências da fotografia nos diversos nichos incluindo aquele que mais nos identificamos.
Agora resta-nos desejar uma boa jornada pela literatura imagética que é a fotografia...
Paulo Santana (Jornalista e Fotógrafo)
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