A fotografia e a jornada da alma

A fotografia, como costumo falar: é preciso ser pensada e sentida.

Este pensar e sentir que torna a fotografia numa jornada da alma, pois estamos a todo o tempo revelando o outro e a nós mesmos através do olhar o outro. Percebendo a diferença que há entre os entes registrados por nossas lentes.

Dorothea Lange "Migrant Mother - 1936"

Seydu Keïta "imagem desejada"

Araquém Alcabtara "Expo. Brasileiros"

No decorrer da história a fotografia vem revelando a alma dos entes nesta terra. Quando os escritores luminosos, foram contando com luz suas histórias que por seus olhos vivem a transcrever, através da luz, a realidade vivida de modo hiper-realista, mas que ao mesmo tempo impressionista. Sim impressionista, pois são suas impressões capturadas nestas frações de segundo que compõem a vida.

https://descobrindoaitalia.com (Veneza Carnaval)

Paulo Santana "Carnaval Popular Rio de Janeiro"

Paulo Santana "Carnaval Popular-2023"

Quando falamos desta jornada estamos falando de narrativas individuais de uma coletividade, ou seja, a visão unica que temos desta ou daquela coletividade, que é compostas por suas posturas e ritos no processo de escrever a realidade que nos cerca. Isso pelos olhares e lentes e estamos na verdade revelando uma sociedade e seus aspectos históricos morais e racionais tão somente.

Paulo Santana "Louvor e Cruz"

Paulo Santana "Sacras Falas 09-2023"

Paulo Santana (Sagrados Ancestrais)

Temos grandes nomes da fotografia que fizeram estas narrativas que foram fazendo esta jornada da alma, por suas escritas luminosas documentais. O fotógrafo documental é o ator que além de revelar outro, faz um raio x social revelando de maneira clara chamada alma social.

https://suportegeografico77.blogspot.com/2020/04

Paulo Santana "Pré conferencia racismo ambiental"

Araquém Alcântara "Onça Pintada rimeiro click"

Desta forma vemos que a fotografia não é tão somente técnica ou arte é sim antes de tudo uma ferramenta que transita por todas as áreas da vivência humana e com isso fazendo uma crônica real de cada momento da história e em particular sendo feita pelos fotojornalistas como Severino silva e outros verdadeiros cronistas contemporâneos que de modo cirúrgico vão nos pondo frente a frente com a realidade; muitas vezes dolorosa e tantas outras belas e prazerosas. Tantas outras transformando a dor em poesia, marcas do tempo em rara beleza.